Provavelmente a maioria das
garotas alguma vez durante a infância já se imaginou vestida em um tutu
dançando graciosamente em um palco ou simplesmente brincou de ser
bailarina. Talvez por influência da mãe,
das colegas de escola ou da televisão.
Atrás de toda a delicadeza
do Ballet Clássico, se esconde muita dor, sofrimento, os mais variados sentimentos
e paixão, muita paixão. Lembro-me perfeitamente de como os aquecimentos eram
dolorosos... Não importava se a garota tinha 5 ou 15 anos, ou se chorava de tanta
dor porque a professora estava sentada sobre suas pernas forçando sua
flexibilidade, o importante era obter a abertura zero. Quando se chegava a um
nível mais avançado, a grande causadora de dores não era mais a professora, mas
a sapatilha de ponta – não só de dores, como também de calos e bolhas de sangue
- cuja dor era aliviada com muita compressa e esparadrapo. Mas no fim, tudo era
recompensado pela simples alegria de dançar.
Apesar do nome francês, o
ballet surgiu na Itália no século XV, em pleno Renascimento. Sua origem está relacionada com um estilo
teatral, em que os atores se expressavam somente por meio de movimentos
corporais e da fisionomia. O ballet era uma dança especialmente da nobreza,
sendo apresentado em casamentos de Duques, e cursado pelo Rei Luiz XIV, em sua
infância.
Aos poucos o Ballet foi se
difundindo na Europa, tendo as escolas Russas e Italianas como as principais.
Atualmente, O Ballet possui três categorias, são elas:
- Ballet Romântico: é o ballet mais antigo, com uma forte presença de movimentos delicados, transmitindo certa fragilidade e paixão, como por exemplo, o Ballet de Giselle.
- Ballet Clássico: surgiu na disputa entre o ballet russo e o italiano para decidir a melhor técnica do mundo. Além do alto nível técnico, este ballet é caracterizado por contar histórias de contos de fadas, como o clássico Lago dos Cisnes.
- Ballet
Contemporâneo: é a modernização do ballet clássico surgido no século XX.
Apesar dos movimentos de fortes raízes clássicas, este ballet permite uma
maior liberdade dos movimentos.
Documentário Only when I
dance
O documentário Only when I
dance conta a história de Irlan Silva, na época com 19 anos e morador do
Complexo do Alemão (atualmente no Boston Ballet), e Isabela Coracy, a única
bailarina negra da escola (atualmente Isabela é integrante da Cia Brasileira de
Ballet).
Perpassando a violência, o
preconceito e a dificuldade financeira, os dois jovens lutam pelo sonho de se
tornarem bailarinos internacionalmente conhecidos.
Assista o filme completo em: http://www.youtube.com/watch?v=wgqSBJVN4dM
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